Hilton Souza

ARQUIVO DO BLOG ACADÊMICO
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ARTIGO
Compromisso, eleição e jornalismo

Hilton Souza
23/11/2008


Toda a legislação que rege aos conceitos jornalísticos é válida. Mas a cada dia parece que a sede pelo poder capitalista destrói os preceitos, os primórdios e compromissos firmados diante da ciência e do academicismo preposto pelos códigos de éticas.

Todos os artifícios políticos utilizados em ano eleitoreiro, através da propaganda publicitária, enfeitam literalmente a nossa política. É papel do jornalista rasgar a embalagem e desnudar os candidatos. Os programas eleitorais vendem uma programação podre, sem discussão de idéias válidas. Portanto, nós jornalistas, somos (ou deveríamos ser) o contraponto a essa tendência.

A cada dia fica claro que agenda do cidadão deve ser prioridade, isso, o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiro deixa bem explícito. Mostrar um painel de candidatos não é o suficiente para análise do cotidiano das pessoas. É preciso ir até elas, o profissional de jornalismo deve acima de qualquer proposta publicitária resgatar todas as promessas eleitorais, fazer análises das situações atuais e promover cobranças representativas em nome de um povo, em defesa de uma nação.

Essa novela da vida real precisa deixar de lado o espetáculo e fazer a opção pela informação. Portanto, as campanhas recheadas de embates não apresentaram novidades aqui em Salvador, desta vez, assim como as outras, não deixou ninguém estarrecido com tanta podridão que todos nós sabemos.

Candidatos mentem descaradamente, como sempre, isso não é mais novidade. A busca por velhas fitas mostram que um quer bater no outro, independentemente de autoridade e cargos. É a maratona pela prefeitura da capital da alegria em rede aberta de televisão.

O atual funcionamento do jornalismo eleitoral no Brasil está fadado à política, ao poder, e até mesmo ao mercado que envolve tantos interesses. O jornalismo de resistência deveria realmente funcionar, afinal de contas a proposta deste critério é desnudar as propostas dos políticos.

Os maiores veículos de comunicação da cidade buscam ser imparciais. O mesmo não acontece com pequenos veículos paralelos ao mercado. Um exemplo claro é o jornal do dono da rádio. Esse impresso de circulação gratuita na capital baiana parece defender interesses próprios, atacando apenas um dos candidatos que obteve a quarta colocação no primeiro turno.

Enfim, nós somos o governo. O poder que elegemos são os nossos representantes. O compromisso social é para transformar a nação. Não é esse o papel do jornalismo? Assim, acima de toda sustentabilidade e por essa causa de transformação é que se deve respeitar o leitor em primeiro lugar.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------Sacola ecológica pode virar lei no Brasil

Hilton Souza
20/06/2008

O crescente consumo na atual sociedade produz, em média, um terço do lixo brasileiro depositado em aterros. Sabe-se apenas que, por volta de 500 anos, deixará de existir parte dos resíduos sólidos descartados hoje. Diante disso, o consumo elevado e opções ignoradas podem comprometer um amanhã sem espaço entre humanos e sacolas.
No Brasil, há estudos de um método de fabricação das sacolas, conhecido por biodegradáveis. Trata-se da adaptação do modelo de sacola convencional, produzidas à base de batata, mandioca, milho, cana de açúcar, girassol ou soja. Com essa alternativa em prática, provavelmente, o solo não seria agredido. As embalagens seriam degradadas com rapidez por microorganismos, quando descartados no solo ou em aterros.
A dona de casa, Dolores Silveira, 39, deixa claro em relatos sobre idas ao supermercado e confessa: “Não vejo a hora para repor meu estoque de sacolas que uso para armazenar o meu lixo”. Para ela, a finalidade desse resíduo sólido se resume a um dos diversos pecadilhos que todos cometem após arrumar as compras na dispensa.
A rotina dos micro-empresários, donos de mercadinhos, farmácia, padarias e outros segmentos são diferentes. Ao invés de comprar produtos para levar as sacolas, ele faz justamente o inverso: adquirem as sacolas para embalar os produtos. Cosme Fonseca, proprietário do Supermercado Fonseca, em Arempepe, garante que a despesa mensal com embalagens é assustador.
Quando o assunto parte para preservação ambiental, a questão financeira fala mais alto. Aline Oliveira, funcionária do Supermercado Portal, em Lauro de Freitas, não perdeu tempo. “Se os supermercados fossem obrigados a utilizar sacolas menos poluentes, muitos comerciantes não aceitariam se o valor fosse acima do atual. Embalar é muito caro”, justifica Oliveira, alertando que o custo mensal da loja, na qual trabalha, chega a ultrapassar a margem equivalente a dez funcionários.
Propostas e projetos sobre questões ambientais elaboram um modelo de futuro pautado para as novas gerações. O presidente da Fundação Verde (Funverde), uma organização não-governamental (ONG), criada em Maringá no Paraná, em 1999, Claudio José Jorge diz que outro modelo de sacola, conhecido como oxi-biodegradável trazida para o Brasil é também uma possível solução. Esse novo modelo de embalagem contém aditivos que aceleram a decomposição em até dez vezes mais rápido.
Em São Paulo, a implantação das embalagens oxi-biodegradáveis tomou novos rumos. O Diário Oficial, de 27 de agosto de 2007, publicou que o governo do Estado vetou o projeto de lei 534/07, que exigia a adoção das "novas sacolas ecológicas". O Secretário de Meio Ambiente do Estado, Francisco Graziliano, deixou claro em artigo publicado na Folha de São Paulo, em setembro do ano passado, a visão do governo sobre o assunto. "Tal plástico provoca um efeito visual, não ecológico. Um truque químico", justificou o secretário.
O processo químico que o secretário diz ser inadequado para a natureza é debatido pela Funverde. Segundo o presidente da ONG, Claudio José Jorge, os laudos comprovam a eficácia do modelo oxi-biodegradável. "Nada é publicado como solução de quem discorda do nosso modelo. O aditivo adotado não causa malefício ao meio ambiente, muito pelo contrário, antecipa o processo", conclui Claudio, alertando que é necessário substituir o uso do plástico convencional pelo novo modelo, para poluir menos.
Sacola reutilizável é opção viável

Enquanto nada é decidido pela implantação das sacolas ecológicas, no mundo da moda, outras medidas são tomadas. Sacolas reutilizáveis se transformam, aos poucos, em mais um acessório de belas roupas produzidas por grifes, que demonstram essa preocupação com o meio ambiente. As pessoas podem também contribuir para a preservação da natureza, construindo suas próprias embalagens.
Sociedade reunida, empresas, populares e interessados de uma forma geral, aplicam novos modelos e idéias a cada instante. Comprar e não ter direito a embalagem inclusa no produto parece ser novidade. Porém, aos poucos, hipermercados e atacados vêm tornando comum essa prática, como ocorre com o Atacadão e a Sam´s Clube.
Para alguns especialistas, as embalagens plásticas descartáveis devem ser substituídas por "sacolas ecológicas", como foi apelidada pela Funverde. A tecnologia oxi-biodegradável surgiu na Inglaterra, em 2003, e foi descoberta pela Fundação Verde, no Paraná, em 2005, quando trouxe esse modelo alternativo de embalagem ao Brasil. Uma atitude próxima a se tornar realidade no nosso dia-a-dia.
Para quem deseja maiores informações sobre os modelos de sacolas degradáveis acesse:
http://funverde.wordpress.com/
http://nobelplast.com.br/bioplast.htm

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Design Gráfico: Uma história concisa

As novas ondas: Tecnologia eletrônica

Hilton Souza
19/11/2007

19. DÉCADA DE 70 E DEPOIS
HOLLIS, Richard. Design gráfico: uma história concisa. Tradução Carlos Daudt. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 248 p. il.

A história do design vai além da nossa imaginação. O princípio da escrita, a pré-história tem a enorme participação em torno deste mundo de palavras gráficos, linhas e curvas hoje digitalizadas pelo advento tecnológico. A comunicação funciona como uma imensa engrenagem do nosso meio e só percebemos com estudos exatos no assunto, no mais já se tornou comum.

A origem dos sinais através da linguagem rupestre que é notoriamente considerada o início de nossa escrita, expandiu com toda certeza a necessidade de uma nova linguagem, a visual. Ao desenhar nas pedras de cavernas e grutas com sangue de animais e até mesmo dejetos de vegetações. Os pré-históricos mapeavam onde tinham moradores e até mesmo localizavam locais recomendados para a caça.

As palavras têm o poder de dizer tudo que desejamos, da mesma forma devemos tratar os sinais, símbolos. Os signos semióticos detalhados em obras de Charles Sanders Pierce desvenda esse mundo simbólico de signos e interpretantes que nos cercam todos os dias.

Daí, com toda essa “parafernália” de letras, palavras, símbolos e etc. Surgiu a necessidade da criação do design gráfico na sociedade pós-moderna. A criação não basta no mundo capitalista, é preciso que tudo passe por renovação constantemente. São detalhes simples de maneiras equilibradas que fazem o verdadeiro diferencial na disputa de espaço e mercado na indústria da comunicação.

Na obra Design gráfico traduzido por Martins Fontes é feito um apanhado geral da história concisa do design gráfico no mundo inteiro. Trataremos particularmente da década de 70 relacionando aos dias de hoje. Em seu último capítulo, As novas ondas: tecnologia eletrônica. O autor explica de forma simples que o papel do design gráfico na divulgação da cultura e dos serviços públicos nas últimas décadas cresceram muito. Mais que uma prova de diagramação, o design tem a função de bem estar social e cultural.

Trazendo esse exemplo para a nossa realidade nos últimos dias, temos o Jornalismo em Quadrinhos. Tema de trabalho de conclusão de curso de alunos do Centro Universitário da Bahia – FIB. Transformaram o trabalho em destaque nos últimos meses através de publicações no Jornal A Tarde. Nessa obra jornalística os alunos relatam diferentes fases dos movimentos estudantis na capital baiana. A história é dividida em quatro episódios de quadrinhos preto em branco e foi apelidado de “Vanguarda” em homenagem aos movimentos.

Durante a década de 60 até 70 cidades e regiões européias disputavam arduamente para atrair investimentos industriais. Para a realização dessa disputa surgiu a importância do diferencial, o design.

Tratando da necessidade dos símbolos em nossas vidas. Em 1969, o Canadá decidiu que para o país, apenas uma bandeira não bastava. Tinha que conter alguma característica marcante e singular. Logo mais a frente, em 1980, tornou-se a primeira nação a ter um símbolo e logotipo.

A simbologia é uma mera ferramenta utilizada no mercado publicitário nos dias de hoje. O público jamais deixa de relacionar os traços, linhas e curvas a determinados produtos. Grandes empresas não precisam expor os nomes de suas grifes ao lado dos símbolos graças a memorização praticada pelo público alvo da marca relacionada no mercado. Marca como Nike, Puma, Adidas, Microsoft, Aple, Wolkswagem, Mercedes Benz jamais serão confundidas em meios aos outros de mesma linha.

A coca-cola é um perfeito exemplo de criação, não só do logotipo, como a marca registrada que abrange o design gráfico de diversas formas. A fonte que compõe o logotipo da marca é extremamente trabalhada de forma circular e diferente, as linhas e curvas deixam a palavra de forma atraente e inconfundível no mercado. A embalagem que derivou a característica do produto também tem uma enorme admiração e respeito de criadores profissionais da área de design gráfico.

Logo, por essas e outras motivações que na obra Design Gráfico traduzida por Carlos Daudt, existe o relato da década de 70 mostrando a necessidade de evolução do design através de modelos que deram certo. ‘Todas as empresas e organizações de seu tamanho, sentiram a necessidade de ter um logotipo, seguindo o exemplo da coca-cola’. Portanto, não há dúvidas que grande parte do design gráfico fora incorporado ao marketing, a mídia e propaganda.

Estilos e padrões são conservados de acordo a cada civilização. Grã-Betanha, França, Suíça, Itália, Japão e países de baixo são exemplos de diferentes pontos abordados no último capítulo da obra. Bastante sintético será essa abordagem, até por que estudos apontam que todos esses acontecimentos são gerados do próprio desempenho do homem.

As alternativas e estilo internacional é um grande exemplo. Pois, foram desenvolvidos duas respostas à abordagem modernista que relacionava o movimento punk muito utilizado na Grã-Betanha; a segunda seguia estreitamente ao modernismo suíço tornando-se a “nova onda”. Uma forma moderna de descontração do público utilizando a junção de fotografia e eletrônica bastante útil no mercado publicitário nos dias atuais.


Técnicas feitas essas criaram os interesses mais ativos dos designers aderirem às novas tecnologias. Através dos programas vetoriais o articulamento de montagens manuais feitas através de recortes (xilogravuras). Agora, poderiam ser manipulados de maneiras facilitadas através da ferramenta digital.

Essa substituição de formas passaram a fornecer as ferramentas que ao invés de colagens, foram substituídos por camadas de programas semelhantes ao Photo Shop que usamos hoje e transformaram algumas peça publicitárias em “propagandas do futuro”.


Quando se trata de design percebe-se que na Grã-Betanha, o estilo punk que não passava de uma forma social alternativa de seus pensamentos de maneira original e sem a utilização da tecnologia. Manifestações eram realizadas nas diagramações das “fanzines” punks, revista de fã-clubes musical usava imagens e letras literalmente arracandas de jornais populares e textos escritos a mão ou até mesmo de máquina de escrever. Tudo colado junto para produzir peças em características da litografia ou fotocópia. O dadaísmo fora contra a arte e os punks eram totalmente antidesign.

Sabemos então que por todo um motivo cultural os punks eram antemodernismo. Mas os designers não retribuíam esse sentimento de mesma forma. Os profissionais escolheram justamente os ideais dos punks para digitalizarem essas características e desenvolver um material fantástico. Campanhas ousadas foram criadas valorizando suas origens. O grupo musical, Blockheads em 1977 é um grande exemplo da época.

As novas tecnologias não desenvolve motivos para causar um impacto na sociedade. De acordo com Pierre Lévy em seu livro Cybercultura:“fala muitas vezes no ‘impacto’ das novas tecnologias da informação sobre a sociedade ou cultura. A tecnologia seria algo comparável a um projétil (pedra, obus, míssil?) e a cultura ou sociedade a um ser vivo...”.

Logo, levando em conta o pensamento de Lévy, a sociedade encara a transformação tecnológica de forma trágica, usando equivocadamente a palavra “impacto” como um projétil imposto de forma grotesca no mundo. Não é essa a visão que devemos tomar como modelo, mas sim, mostrar os pontos negativos e dar ênfase à positividade do suposto “benefício” que a tecnologia pode oferecer a toda sociedade.

Assim, da mesma forma devemos incluir etapas do design até os dias atuais como o desenvolvimento tecnológico da arte de criar. A publicidade, o marketing e até a diagramação de jornais, revistas e livros podem ser considerados elementos importantes para o desenvolvimento cultural do mundo.

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Escritor baiano destaca turismo de Nazaré em seu livro

Hilton Souza
11/09/2007
PERFIL

O jornalista nazareno, Abinael Morais Leal, além de pesquisador é escritor, autor de diversos livros que representam um verdadeiro exemplo para a Bahia, já que escrever verbetes e contar a história de sua cidade em livros não é apenas um simples trabalho literato, mas sim um compromisso social.
Durante a entrevista, Abinael se mostrou preocupado com a situação do município, afinal de contas é também sua vida, sua infância, como relatou em sua primeira obra Bifurcação Literária. Desde o início da carreira, ele expressou seu sentimento e raiz nazarena, embora ainda não tivesse domínio da técnica da escrita. Mesmo assim, os seus princípios sempre estiveram expresso em seus trabalhos.

Nascido em Nazaré, na Bahia, em 30 de Novembro de 1951, começou sua carreira jornalística escrevendo pequenos textos para os jornais baianos. Alcançou o sucesso profissional em virtude da forte identificação que possui com a área da comunicação. Escreveu diversos livros, e já participou de antologias de outros autores. Sempre se identificou com os gêneros de Guias, Glossário, Dicionários entre outros de poesias, apesar de não se considerar um dicionarista, considera-se um curioso que quer colaborar com a cultura desse povo.

Conta que trabalhou um bom tempo na CODEBA, foi portuário e militar entre o período de 1972 até 1974, quando realizou a vontade do pai. Isso permitiu que ele tivesse um amplo e permanente contato com populares que o influenciaram boas partes de suas obras. Foi a partir da linguagem utilizada no porto marítimo, que nasceram os livros Compêndio de Termos do Comércio Internacional e Transporte Marítimo, Glossário de Termos Marítimos e Portuários, Dicionário de Termos Náuticos, Marítimos e Portuários. Já na época de soldado, coletou informações com “pivetes” e adultos que vivem à margem da sociedade como prostitutas, presidiários, em barzinhos ou botecos como mais conhecidos.

Foi vereador por três anos e meio, quando utilizou a política para promover mudanças sociais. Teve o privilégio de trabalhar na montagem do Memorial Professor Lamartine Augusto, também jornalista e escritor. Colaborador dessa cidade que tanto ama, Leal tomou a iniciativa de escrever um livro denominado de Guia Histórico de Nazaré. A partir do final de Outubro de 2006, estará lançando a 2ª edição dessa obra, revisada e ampliada, que terá um custo aproximado de R$ 20,00 para Salvador, a referida obra trata-se de um verdadeiro e completo Guia turístico da cidade histórica, com imagens e histórias dos principais monumentos históricos do município.

Com sua vida simples e humilde, o jornalista quer o bem de sua família e de sua cidade. Foi fundador dos jornais A Trombeta, Folha Regional, Correio de Aratuípe, Folha da Cachoeira, Informativo Municipal de Cruz das Almas, Correio de Jaguaripe, Correio de Itaparica, e foi editor dos Jornais O Alvitre e Correio de São Félix. Através desses veículos, ele começou a manifestar seus pensamentos críticos sobre Nazaré. Constatou, no entanto, o descaso político, natural quando se trata de temas polêmicos, a exemplo da situação ambiental do Rio Jaguaripe. Abinael destaca que não obteve apoio e nem patrocínios da maior parte dos comerciantes da região, o que levou ao fechamento da maioria dos jornais citados.

O jornalista sente orgulho de dizer que é um dos escritores da Bahia, embora a cultura literária não seja influenciada pelo governo, e um exemplo disso é em sua cidade, já que jovens não têm o mínimo de interesse de conhecer a sua própria história, salvo, quando existem eventos com diversas premiações, começando assim a maratona em busca dos veteranos conhecedores da cultura nazarena. Pelo seu magnífico interesse literário, é membro da Academia de Letras do Recôncavo- Aler-BA, Academia de Lexicografia em Divinópolis-MG, Academia de Estudos Literários e Lingüísticos de Anápolis-GO, sendo associado também na Academy of Letters of England, em Londres, despertando, assim, nos baianos o grande papel que desenvolve esse tão humilde escritor.



Onde comprar?

O livro tem o valor sugerido de R$ 20,00
Através do e-mail: leaniba@hotmail.com
Telefones: (71) 3256-4842 / 75 8809-0866

(Abinael Morais)

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Violência e religiosidade disputam espaço no Subúrbio

Hilton Souza

04/05/2007

Pouco se discute sobre a violência urbana no Subúrbio Ferroviário de Salvador, muito menos sobre religiosidade presente naquela região. Pesquisas, estudos, noticiários, não mentem, a exclusão e o abandono é cada dia maior para os moradores de bairros como Lobato.

Homicídios, tráfico de drogas, policiais e marginais disputam um só espaço social. Falta fé entre muitos e a descrença vem transformando o Subúrbio num verdadeiro campo de batalha. Dias atrás, no Lobato na rua “corre se não morre”, supostos traficantes alvejaram vários tiros contra a polícia, resultando em duas mortes, apreensão de uma pistola, um revolver calibre 38 e dez quilos de maconha. Durante a operação ocorreu também à prisão de Rodrigo Souza Ramos, 19 anos, portador de deficiência mental de acordo com o Relatório de Atendimento Psicológico. Através do exame de lesões corporais foram confirmadas as seqüências de violência policial contra o jovem que se encontra a mais de 20 dias preso(baseado em informações de A Tarde 02/05/07).

Situações como essa são cada dia mais freqüentes, “virou rotina” como muitos moradores reforçam. Enquanto isso a educação é defasada e a religião não faz parte da vida de muitos jovens. Na maioria das vezes adolescentes tornam-se descrentes de tudo e todos buscam refúgio no mundo do crime. As igrejas têm realizado uma enorme militância em busca desses jovens e crianças para a doutrina religiosa.

Uma moradora do Subúrbio e participante da congregação Assembléia de Deus (Lobato), dona Eulina Freire dos Santos, 70 anos, nascida e criada no Lobato, participa ativamente de um trabalho social conhecido como evangelização, onde os membros da igreja circulam pelo bairro em busca de populares que necessitam praticar ato religioso e conhecer os preceitos de Deus. Todavia, dona Eulina demonstra-se insatisfeita quanto os resultados, “temos cerca de quinhentos membros e ainda somos poucos”. ”Muitas vezes nós falamos e eles criticam, não dão nem ouvido[...], distribuímos folhetos e muitos pegam até o folheto, enrolam e colocam no bolso”, lamenta.

Eulina Freire garante que a evangelização é ativa em todas as igrejas do Subúrbio e os católicos também realizam um trabalho social semelhante, muito admirado por todos que desejam o fim da violência, a integração social e a propagação de idéias como o amor ao próximo.

A Polícia Militar da Bahia tem se preocupado em ser uma protagonista social. Muniz Barretto, oficial da 14ª companhia do Lobato, afirmou que a Ronda Escolar “por ser um modelo americanizado” realiza um papel muito importante nas escolas, onde policiais preparados realizam palestras sobre diversos temas como: violência, tráfico de drogas, sexualidade, prostituição e outras ameaças que tendem a seduzir alguns jovens. Tal trabalho educativo e de prevenção também permite a construção de uma relação amigável entre os estudantes e a polícia.

Policiais militares, além de serem treinados, têm uma assistência religiosa interna no Quartel da Polícia Militar (Dendezeiros). O projeto é dividido em quatro núcleos: evangélico, católico, espírita e afro. O Núcleo de Religiões de Matriz Africana da Polícia Militar (Nafro), recém criado, lançou no último dia 04 de maio um Curso de Relações Raciais. Com a orientação do professor Jaime Sodré, cerca de cinqüenta policiais militares participaram de aulas, debates, palestras e discussões sobre relações raciais e convívio com a população. Tal curso prentende contribuir para uma consciência ainda maior por parte dos militares, tornando a relação entre policia e sociedade mais harmônica (baseado em informações de A Tarde de 03/05/07).

Gey Espinheira, sociólogo e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), realiza pesquisas voltadas para redução de danos sociais no Subúrbio Ferroviário de Salvador. Especialista em assuntos como violência urbana, ele conhece de perto o drama da população suburbana.

Espinheira é participante de um trabalho como “Sociabilidade e violência, criminalidade na vida cotidiana dos moradores do Subúrbio Ferroviário”. Ele relata que tal projeto de pesquisa nasceu através da intervenção que se seguiu a um grande curso de agentes sociais para conceder condições melhores e oportunidades a jovens. Esse projeto tem convênio com o Ministério Público do Estado da Bahia e financiado pelo Ministério da Justiça.

O sociólogo acredita que a educação não deve ser religiosa e adota um posicionamento polêmico ao dizer que “os piores assassinos são religiosos, a religião é extremamente perigosa, por que em nome de Deus você mata”. Na sua concepção a educação deve ser de cidadania, baseada em ética e direitos humanos e não em religião.

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3 Comentários:
Horty disse...
Legal mano!É como te alertei.Não esquece nunca de citar as fontes, isso é de extrema importância, pois assim mostramos o respeito que temos pelo trabalho dos nossos futuros colegas de profissão!Abraço.
9 de Maio de 2007 07:42
Vivi disse...
nossa quanta empolgação... se todos estivessem nesse semestre feito vc.. ninguém iria perder... Seu blogger está ótimo... beijosss
9 de Maio de 2007 12:28
Nara Publik disse...
Show de bola. Religiosidade é o mal do nosso século, pois voltamos a fazer das palavras de fé, um ato comercial.Espero que os cegos passem a olhar, antes que tudo realmente esteja perdido nas mãos de falsos líderes...Bjão
9 de Maio de 2007 21:26

------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Assistencialismo é artifício usado por traficantes do Subúrbio

Hilton Souza
04/05/2007


O grande domínio do tráfico de drogas é causado muitas vezes pela falta de assistência do governo. Levar o pão ao desempregado, comprar remédios, “ajudar a comunidade”, distribuindo cestas básicas ou até mesmo de outra forma, tem levado a população periférica a idolatrar os marginais que disputam e dominam os morros e favelas.

Tal realidade é percebida no Rio de Janeiro e São Paulo com maior freqüência, mas na Bahia não é muito diferente, uma vez que o papel assistencialista é desenvolvido por traficantes em nossa cidade. Gey Espinheira diz “que o empobrecimento, a exclusão social, o tráfico de drogas e a grande necessidade de uma sociedade pós-moderna em termos de poder aquisitivo, não é possível se existir em um mundo contemporâneo sem dinheiro e não é possível se obter dinheiro quando não se tem trabalho”. Isso tem levado algumas pessoas do Subúrbio Ferroviário de Salvador, na capital baiana, a seguir atividades transgressoras e criminosas.

Crianças, jovens, adolescentes e desempregados são os maiores alvos dos “financiadores” do crime. A busca pelo dinheiro fácil acaba “conquistando” homens de bem, para um mundo que em muitas vezes não tem volta. Percebe-se que em torno de 40% da sociedade de Salvador, encontra-se fora da escola e sem trabalho. As estruturas urbanísticas geram reações populares, como o termo “justiça com as próprias mãos”, decorrente a falta de assistência do estado, garantiu o sociólogo.

Fatores que levam na maioria das vezes moradores, procurarem a mídia através de programas televisivos e defender delinqüentes, alegando ser “pais de famílias”.

De acordo com o PM Muniz Barretto, a polícia merece um preparo maior, não só aos oficiais, mas sim de uma maneira geral na polícia. O Policial também avisou que trabalha para o povo e o princípio da polícia não é a repressão, mas sim prevenção, proteção e apoio a uma sociedade correta.Querer mudança sem o apoio do governo é a principal equivoco de uma comunidade que recorre ao mundo do crime, tráfico ou até mesmo a prostituição. Logo o fator social é tão significante por descaso do aparelho administrativo do Estado e Governo federal, assim o caso não é só de polícia e sim a falta de mudança geral.


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Isso é Subúrbio...

Hilton Souza

02/05/2007


Salvador da Bahia terra de todos os cantos, de todas as cores, de todos os santos. Parece simples dizer que é também “a terra da alegria”. Triste Bahia! Ó quão dessemelhante, assim, Gregório de Mattos já dizia, terra dividida em todos os sentidos, cidade alta, que precisa da baixa, que necessita das praias, pra satisfazer sua fome.
Fome de emprego, educação, condições de vida de qualidade. É assim que vive o outro lado da cidade, que tem sede de deixar de ser subúrbio, digo, Subúrbio Ferroviário de Salvador. Portador de lindas praias se torna diante do desprezo, à beleza poluída por conta das desigualdades, desinteresses, desleixo total, enfim, do caos.

Viver nos trilhos não tem sido fácil para o “novo” trem recém reformado, restaurado, ou melhor, recondicionado e posto como novo para a população. Crises já atingem a região suburbana há muitos anos, o descaso é o pano de fundo da crise condicional que a população enfrenta todos os dias, agora, virou graça, trens pulando dos trilhos, ameaçando mais uma vez a segurança dos moradores.

Pensamos então, se viver em cima dos trilhos não está fácil, imagine para quem mora ao lado dos trilhos. “Sono alimenta” já ouvir ditado parecido antes, mas noites de sonos perdidas, esvazia ainda mais a barriga de quem não tem o que comer.

Praias, peixes, barcos, pescadores e mariscos são palavras-chave para quem quer descobrir a fonte de sobrevivência de muitos “suburbanos”, como muitos destacam. Mas o problema não está no mar, portanto, na “maré vermelha” constante na vida de quem não tem barco, rede e vara para fisgar o peixe nosso de cada dia.

São oportunidades, espaços, direitos, afinal, a “participação popular” tão pronunciada na campanha municipal, deverá ser levada em conta. Faixas presas nas estações de trem denunciam o abuso do nome e valor populacional. “Moradores de Periperi agradecem ao Prefeito - João Henrique os novos trens do Subúrbio”, será que os moradores realmente agradecem? Quais são os novos trens? Pelo que podemos observar, as colagens de placas da prefeitura se encontra a todo vapor, mas nenhuma dessas faixas agradece a Prefeitura Municipal do Salvador.

Ser incoerente não cabe a quem quer o bem de sua cidade, saber fazer não é enganar sempre o seu povo. Os bairros Alagados e Novos Alagados, não deixaram de ser “alagados”, e o povo continua “na lama”. Na escuridão social, no abandono total.

Gabriel, o pensador, como muitos conhecem o cantor de rap, retrata em suas letras imensas apologias a favor do povo. E em uma de suas canções diz “Até quando você vai levando porrada? Até quando vai ficar sem fazer nada?”. Essa pergunta que não nos faz calar, será que o povo um dia acorda? Esperamos que não seja tarde demais.
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4 Comentários:
viembirussu disse...
Vivi....nossa amore... tá empolgado heim..rsrs.. q jornalista será..qd se formar quero ser uma das primeiras a ver materias produzidas por meu amigo.. beijos amore.. está ótimo seu blogger.... te adoro... beijos
2 de Maio de 2007 19:24
Camila disse...
puuxaa...nunca tinha lido sobre o suburbio de salvador...esta super explicativo seu blogger!! mesmo com a minha ignorância pra certos assuntos que vc discute...uushuahsuh =DD..consegui entender muita coisa...foi construtivo...eh bom saber mais sobre a realidade da nossa cidade...bjaum!!
5 de Maio de 2007 09:32
Victor Bugalho disse...
pô.. ficou massa.. a matéria eu já tinha lido, mas n tinha visto as fotos.. tão perfeitas, muito bem tiradas. já disse q vc deve investir nesse lado d fotografia, diagramação, arte.. vc tem muito talento nessa área..abraço
7 de Maio de 2007 10:45
Nara Publik disse...
Olá, caro colega. Já falei pessoalmente, mas venho aqui frisar... Sua matéria está ótimaaaaa!O Brasil irá reconhecer seu talento em breve, vc verá!Bjão
9 de Maio de 2007 21:20